Na realidade não é cobra
A cobra de vidro não é uma cobra, mas sim um lagarto, apesar do seu corpo longo, cilíndrico, sem pernas. É também chamada de cobra-cega porque acreditava-se que ela não pudesse enxergar. Os seus pequenos olhos, no entanto, funcionam bem. A cauda frágil quebra-se facilmente, mas cresce de novo. Esse lagarto é inofensivo.
A cobra de vidro é largamente difundida pela Europa, Ásia oriental e Irã, vivendo na superfície do solo, em lugares frios e úmidos, ricos de vegetação. Para dormir abriga-se sob uma pilha de gravetos, na toca de um roedor ou sob uma pedra chata. É geralmente ativa de madrugada ou ao anoitecer. Alimenta-se de minhocas, lemas, insetos e larvas. Por isso é útil aos fazendeiros. Em outubro, começa a comer menos. Em fins de novembro, a cobra de vidro, sozinha ou com outras, procura abrigo. Aí passa o inverno em um estado letárgico que não chega a ser uma hibernação. Três meses após o acasalamento, a fêmea põe de 6 a 12 ovos de casca transparente. Os filhotes, de 8 a 10 cm, logo nascem e se espalham à procura de alimento. Crescem lentamente e, se conseguem escapar dos predadores, viverão muito tempo.
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